O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), rebateu nesta sexta-feira (09) a tese de que o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) seja o nome “natural” para disputar o Governo da Paraíba, caso assuma o comando do Estado com a eventual saída de João Azevêdo (PSB) em 2026. Em entrevista, Cícero foi enfático ao dizer que “não são as questões naturais que elegem” e destacou: “Quem elege é o povo, é a vontade do eleitor”.
A declaração do prefeito contraria o posicionamento do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), que recentemente classificou Lucas como o “candidato natural” da base governista, em virtude de sua atual posição como vice-governador. Para Cícero, a escolha do sucessor de João Azevêdo deve partir de um critério racional, baseado em viabilidade eleitoral, e não apenas por uma suposta ordem sucessória.
“Quem vai ser, pra mim, é o que menos importa. Importa quem vai ter a capacidade. Lucas é um jovem de experiência política, de conhecimento, é um ser humano muito bom, maravilhoso, mas nós estamos falando de política. Então, obviamente que ele tem toda capacidade, agora é isso que o povo vai definir, daquilo que é melhor para o estado da Paraíba”, afirmou.
O prefeito reforçou que o mais importante é identificar quem tem melhores condições de conquistar a confiança do eleitorado. “Não estou preocupado com nomes, estou preocupado em saber o que é que o povo quer”, completou.
Cícero também não descartou nenhuma possibilidade, deixando o cenário aberto para outros nomes da base aliada. “Pode ser Lucas, pode ser eu, pode ser Hugo [Motta], pode ser Adriano Galdino, pode ser qualquer outra pessoa. O fundamental é que represente esperança, capacidade e confiança para o eleitor”, disse.
As declarações do prefeito de João Pessoa revelam um clima de disputa interna no Progressistas e na base de João Azevêdo, indicando que a definição do candidato ao governo em 2026 pode passar por articulações mais amplas e, sobretudo, pela aferição da vontade popular.