O deputado federal Mersinho Lucena (PP) informou na tarde deste domingo (15), no horário brasileiro, que já se encontra em Tabuk, cidade no noroeste da Arábia Saudita, a cerca de 250 quilômetros da fronteira com Israel e Jordânia. Mersinho está no local com o objetivo de articular, junto a autoridades diplomáticas, uma possível rota de retirada para o seu pai, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), que permanece abrigado em Tel Aviv, em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã.
De acordo com o parlamentar, as alternativas mais imediatas incluem uma retirada terrestre, passando pela fronteira com a Jordânia, ou até mesmo uma operação via marítima, com destino ao Chipre ou Grécia.
Mersinho destacou que o deslocamento por terra representa o maior risco. "É uma das alternativas que estamos estudando, mas envolve perigo, especialmente nas áreas de fronteira entre Israel e Jordânia e também no sul de Israel", afirmou.
Outro plano sob análise seria uma saída pelo mar, caso a rota terrestre se mostre inviável. “Estamos estudando outra alternativa, via mar, para o Chipre ou para a Grécia”, revelou.
O deputado confirmou que terá uma reunião virtual nas próximas horas com embaixadores da região, incluindo representantes diplomáticos da Cisjordânia, Israel e Arábia Saudita, além de manter contato direto com o Itamaraty, em Brasília. “Estamos tentando definir qual é a saída menos arriscada para todos que estão lá. Vamos ouvir a opinião dos embaixadores para avaliar os próximos passos”, explicou.
Mersinho também reforçou que o governo de Israel, que foi o responsável por convidar a comitiva de prefeitos brasileiros ao país para participar do evento Muni Tour 2025, está sendo formalmente cobrado por uma solução rápida. “Nós estamos pedindo o apoio do governo de Israel, já que foram eles que trouxeram a comissão. Eles recomendam que fiquem abrigados, mas também é uma decisão nossa buscar alternativas para sair o quanto antes. É arriscado também permanecer lá”, desabafou.
O parlamentar destacou que o espaço aéreo da Arábia Saudita segue aberto, o que pode facilitar uma operação de resgate caso os prefeitos consigam atravessar a fronteira terrestre ou tenham acesso a um corredor marítimo seguro.
“Estou em contato direto com o embaixador da Arábia Saudita, com as autoridades de relações exteriores do Brasil e também com o pessoal em Israel. Estamos buscando, de forma integrada, a melhor solução para garantir a segurança de todos”, concluiu Mersinho.
Enquanto isso, Cícero Lucena e os demais prefeitos brasileiros permanecem abrigados em um bunker em Tel Aviv, aguardando a definição de uma rota segura de evacuação.
